Incidentes na Transpetro sede assustam petroleiros

Três incidentes nas últimas sema­nas atingiram o edifício Sede da Trans­petro no Centro do Rio.

Os sinistros estão sendo considera­dos pela administração de baixa prio­ridade, não sendo caracterizados como princípio de incêndio, porque não houve chamas, “apenas cheiro de queimado e fumaça” que saíram de aparelhos de ar condicionado por superaquecimento, após os disjuntores não desarmarem. Segundo levantamos houve falha de comunicação interna também.

O Sindipetro-RJ participou de reunião com a Cipa local, no dia 22 de agosto, e solicitou maior atenção ao caso. Entre os questionamentos apontados pelo Sindicato está a necessidade de apresentação de um Plano de Emer­gência e relatórios sobre os incidentes, que os monitores de andares sejam con­vidados para a próxima reunião e que a empresa de manutenção estabeleça um plano de ação para manutenção constante dos aparelhos.

Muita gente, pouca CIPA

Atualmente a Transpetro conta com cinco prédios no Centro do Rio, sendo apenas uma Cipa para todos os edifícios. O Sindicato cobra que a em­presa cumpra a legislação respeitando a Norma Regulamentadora Número 5 (NR-5) e convocando eleição para novas Cipa’s em prédios como o Sulacap, que está recebendo novos trabalhadores, com previsão de 720 funcionários. Também é urgente que se verifique a quantidade atual de monitores por andar, já que com o remanejamento de trabalhadores, o Sindicato tem recebido reclamações de que alguns andares do prédio Sede/Mar estão sem monitores.

Também existem questionamentos sobre se os simulados de evacuação estão ocorrendo de forma satisfatória, cumprindo todas as necessidades de in­formação em casos de risco de incêndio.

Triste lembrança

Em 12 de outubro deste ano fará 30 anos do incêndio ocorrido no então cha­mado Edifício Itaboraí, onde era o Banco do Brasil, hoje Sede da Transpetro e da Agência Nacional do Petróleo (ANP). No incêndio uma pessoa morreu e 10 fica­ram feridas. Um curto circuito em um condicionador de ar ou outro aparelho não deve ser ignorado e sim, ser tratado como um fato grave.

CNCL: operadores sem “lanche”

As geladeiras da copa que atende aos operadores do CNCL da Transpe­tro estão vazias, praticamente desde o início de agosto.

O suprimento de insumos como água mineral, frutas, iogurte etc, foi cortado porque a Transpetro não pagou a fornecedora Saymon Suprimentos, alegando “questões contratuais”.

Com a suspensão do atendimento foram feitos contratos tampão, porém o serviço não foi normalizado e os operadores, que não podem se afastar dos equipamentos, não sabem sequer se há previsão de normalização do fornecimento.

Versão do impresso Boletim LXXXVII

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