Na luta por direitos a concepção predominante até a década de 70 era de direitos iguais para todos. Hoje a noção mais moderna reconhece que como há diferenças entre grupos de pessoas numa sociedade desigual, a Justiça e as instituições devem promover direitos específicos a fim de que a resultante seja a igualdade. Foi a partir dessa perspectiva que surgiu em vários países do mundo leis específicas protetivas, tais como, o Estatuto do Idoso, da Criança e do Adolescente, da Igualdade Racial, a Lei Maria da Penha, dentre outras. Essa é a diferença entre igualdade e equidade. Não queremos superioridade, o feminismo é a plena convicção de que somos seres humanos, capazes tanto quanto os homens, com todas as diferenças que todos(as) temos!

Mulheres Negras: Uma história diferente, mas também violada pelo machismo

As mulheres negras são vistas como aquelas que devem suportar tudo principalmente todas as formas de exploração e de dor. A mão de obra negra por muito tempo não era aceita nos empregos formais e quando o foi, sofreu e sofre várias resistências, como a recente regulamentação das empregadas domésticas. No passado, as mulheres negras foram vítimas de estupro em massa pelos chamados senhores de escravos, e ainda o são, sob a capa de arma de guerra em áreas de conflito, e por isso muitas buscam refúgio. Sua história é de muita garra e luta, de Dandara do Quilombo dos Palmares as negras que ainda fazem história até hoje. A despeito de toda a luta, no Brasil, ainda hoje ocupam o pior quadro da pirâmide social com os salários mais baixos, os maiores índices de violência e pobreza. Sempre sofreram com o racismo institucional, o preconceito e a injustiça do Estado. Na Petrobrás, em 2016, eram apenas 1% da força de trabalho. Ou seja, muita luta precisa ser respeitada, reconhecida e ainda a ser feita!

 

(Versão do impresso Boletim Especial Mulheres)

Destaques

Campanha de Solidariedade

Está aberta uma conta digital (https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-heroina-que-estancou-sangue-de-vimitima-em-sequestro) para ajudar Patrícia Rodrigues, mãe de três filhos, que perdeu quase tudo em recente enchente no Rio de Janeiro.

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