Petroleiros celebram o dia da Consciência Negra com luta contra o racismo e privatizações de Bolsonaro

Números mostram que na Petrobrás o racismo estrutural ainda é uma triste realidade

No sábado (20/11), Dia da Consciência Negra, o Sindipetro-RJ celebrou a data ao participar do #20N -10ª Marcha da Periferia, Ato Fora Bolsonaro, em Madureira, subúrbio do Rio do Janeiro

Neste ano, a Marcha da Periferia e o Dia Nacional da Consciência Negra teve como tema “Aquilombar as Lutas de Raça e Classe pela Vida e por Direitos! Não queremos ditadura nunca mais e nem escravidão! Fora Bolsonaro e Mourão!”.

O ato foi marcado pelas bandeiras de lutas por emprego; contra a carestia; por terra, moradia, saúde e educação; contra a PEC 32 (Reforma Administrativa); em defesa dos serviços públicos e das liberdades democráticas e contra os ataques de Bolsonaro, Congresso, governadores e prefeitos.

A luta em defesa de uma Petrobrás 100% brasileira e contra seu processo atual de desmonte e privatização foi pautada no ato pelo Sindipetro-RJ.

Com Bolsonaro, negros perdem empregos e ficam subrepresentados na Petrobrás

Hoje, na Petrobrás, segundo o Relatório de Sustentabilidade 2020 da empresa, página 22, há 12.115 empregados (29%) que se declararam negros, com um percentual de 19,1% que ocupam cargos chefias. Segundo este mesmo relatório, a Petrobrás possui 41.485 pessoas empregados próprios. O levantamento considera o período entre 2016 e 2020. No primeiro ano da série comparativa de cinco anos, a Petrobrás contava com 13.862 trabalhadores negros, com 21,4% com cargos de chefia. O levantamento omite o quadro dos trabalhadores terceirizados e precarizados que, provavelmente, evidenciaria que entre todos os trabalhadores da Petrobrás o peso gerencial negro seria muito menos representativo ainda.

 

Link relatório 2020 ( https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/25fdf098-34f5-4608-b7fa-17d60b2de47d/57a92cd8-58d1-f41f-67f4-428abb0c1554?origin=1 )

Fica claro que esses números na Petrobrás refletem o racismo estrutural do país derivado em limites institucionais da empresa, pois na população brasileira os negros representam 56%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018. Não é à toa que a atual gestão do general Silva e Luna, sob o governo Bolsonaro e o neoliberalismo de Paulo Guedes, refletem o pensamento excludente da burguesia brasileira que combate ou, no máximo, tolera as políticas de igualdade, incluindo a racial. Nunca avançando para uma concreta reparação. Há muito por fazer, pois o racismo , as opressões, são parte integrante do receituário neoliberal na gestão do capitalismo dividindo a Classe e potencializando sua exploração.

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