Reunião ampliada de organização da FNP

Debates políticos fundamentais e discussões estratégicas para enfrentar os desafios da atual conjuntura foram feitos durante o evento

Diante dos caminhos que o novo governo vai trilhar, muito preocupante por seu caráter autoritário e fundamentalistas, a Federação Nacional dos Petroleiros esteve reunida durante dois dias (20 e 21 de dezembro), na sede do Sindipetro-LP, para discutir a organização das atividades do próximo ano.

A reunião iniciou com uma palestra calorosa sobre a “Conjuntura política e os desafios para o avanço da categoria”, ministrada por Cacau Pereira, do IBEPS.

De acordo com Cacau, a Petrobrás estará no centro das questões econômicas e políticas do novo governo. “Por isso, a construção de uma resistência é mais do que necessária. As ameaças são muito grandes”, alertou.

Em seguida, Renata Belzunces, do DIEESE, ministrou palestra sobre os “Índices e metas do regramento da PLR proposto pela Petrobrás”. Segundo ela, o primeiro problema identificado na proposta apresentada pela empresa foi colocar, como uma obrigatoriedade, um indicador financeiro.

“Não é obrigado a ter indicador financeiro! A lei é claríssima e afirma que podem ser considerados, entre outros, os seguintes critérios e condições para pagamento de PLR: 1 – Índice de qualidade, produtividade e outras atividades da empresa; 2 – Programas de metas e resultados previamente. Em Nenhum momento a lei cita que tem que ter meta financeira. A meta financeira é uma gestão dela, uma gestão da SEST, é outra coisa”, afirmou Renata.

Assim, segundo Renata, proposta da Petrobrás se adequa aos objetivos estratégicos da companhia. “Ela faz isso colocando suas metas, os tipos de metas, as quantidades de metas, as características dessas metas e os resultados que cada meta deve ter atrelado à gestão. Antes não era assim. Cada vez mais, isso vem sendo implementado pelas empresas”, explicou.

Na sequência das palestras, o economista Eric Gil Dantas falou sobre a “Importância estratégica das refinarias” e destacou que o consumo de produtos derivados do petróleo cresceu muito em todo o mundo. Portanto, não tem lógica vendermos as nossas refinarias.

Além disso, “as empresas estatais investem em desenvolvimento, em tecnologia e em pesquisa científica. Enquanto a empresa privada não faz isso”, ressaltou Dantas.

Ainda durante a reunião, a direção da FNP discutiu: Ações em Defesa da Petros; PLR; os desafios da manutenção do efetivo próprio; e o enfrentamento às resoluções do CGPAR. Ainda na reunião, a FNP fez um manifesto sobre a luta da categoria no próximo ano e sistematizou calendário de ação, veja aqui.

Leia também: PLR e seus desdobramentos

O encontro da FNP se encerrou no fim da tarde desta sexta-feira (21) com a exibição de um documentário sobre os 60 anos do Sindipetro-LP.

 

Fonte: FNP

 

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