Mobilização e estado de greve continuam, mostrando o caminho para a luta nacional da categoria e se somando ao chamado da FNP para exigir nova proposta

Nove dias que abalaram a direção do sistema Petrobrás

Os operadores do CNCL, em greve desde 17/08, após uma assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (26), anunciaram sua suspensão momentânea. Neste período, a direção da Transpetro, finalmente, se viu obrigada a reconhecer a importância do trabalho dos seus técnicos, sendo obrigada a negociar a contingência, prática prevista em lei mas banida do manual do RH.

Por outro lado, as assembleias petroleiras rejeitaram massivamente, por amplíssima maioria e em todo o país a proposta do RH. Os guerreiros e guerreiras do CNCL estão de parabéns e despertaram solidariedade em todos os lugares, dentro e fora da Petrobrás. Foram parte importante desta vitória pelo exemplo que deram e mostrando o exemplo a ser seguido. É um novo capítulo que se abre nesta guerra e o CNCL certamente será peça chave nos próximos momentos.

O movimento revela que a maioria dos empregados do sistema Petrobrás está insatisfeita, com a retirada de seus direitos e com as condições impostas para a negociação do ACT 2022-2023, o que pode ser claramente observado nas assembleias realizadas por todo Brasil, e em especial na base do Rio de Janeiro, que de forma acachapante vêm rejeitando a proposta do sistema Petrobrás.

Próximo round

Essa mudança na condução do movimento, com a suspensão momentânea da greve, será também para recarregar as baterias de nosso exército. A luta prossegue agora nacionalmente, pela contraproposta da FNP, na exigência da continuidade do pagamento da Adicional de Mestra, sem cortes, contra a implantação da tabela de turno 1×1, pela cláusula da estabilidade, entre outros pontos que foram incorporados pela pauta da federação, já encaminhada para direção da holding e subsidiárias.

O indicativo da FNP está sendo aprovado nas assembleias e é claro – se não negociar, é greve nacional!

 

 

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