2017 foi um ano de luta contra retrocessos. E 2018 promete ser mais um ano em que lutar e resistir serão palavras-chave.

Neste ano que se encerrou no último domingo, os petroleiros, ao lado de outras categorias, afirmaram a disposição de luta contra as reformas trabalhista e previdenciária, participando das mobilizações para barrar a perda de direitos, com destaque para a greve geral de 28 de abril, quando realizaram paralisações no TABG e TEBIG, com adesão parcial do Cenpes, além de ato no Edifício Senado e da adesão de centenas de trabalhadores em todas as bases, que não compareceram ao trabalho. Essas mobilizações já aconteciam desde março, quando mais de um milhão de pessoas protestaram nas ruas de todo o Brasil.

Posse da nova gestão – abril também foi o mês da eleição para a nova diretoria colegiada e Conselho Fiscal do Sindipetro-RJ, com a vitória da Chapa 2 , que conquistou 70,23% dos votos válidos e, desde a posse, em 1º de junho, vem dando novo rumo à entidade, retomando as mobilizações pela base. A nova diretoria já começou com o desafio de superar a grave situação financeira da entidade. E iniciou um projeto de comunicação mais dinâmico e atualizado. Reafirmando o projeto de construção de Comissões de Base (CB) e Conselho de Representantes. Os aposentados, em luta contra as discriminações da empresa, criaram sua CB ainda no primeiro semestre do ano.

Não às reformas de Temer – maio começou com protestos contra a repressão ocorrida durante a greve geral de 28/4. Uma semana depois (24/5), milhares de trabalhadores ocuparam Brasília no ato “Fora Temer”. A caravana do Sindipetro-RJ rumo à capital federal saiu do EDISE e da subsede de Angra.

Retomando o trabalho de base – em junho, após tomar posse, a nova gestão realizou os seminários de planejamento estratégico e de comunicação, para recolocar a entidade a serviço dos petroleiros. Naquele mês, a Petrobrás intensificou a política de redução de efetivos nas áreas operacionais e unidades como refinarias Abreu e Lima, Alberto Pasqualini, Paulínia e Reduc, o que vinha fazendo desde março, quando foi aprovada lei permitindo terceirizações nas atividades-fim.

Também em junho a nova gestão organizou assembleias de base para a participação dos petroleiros em nova greve geral contra as reformas de Temer. Dia 27/6, a categoria esteve presente em atos públicos unificados e realizou paralisações parciais no TABG, Cenpes, Comperj, TEBIG e EDISEN.

Com apoio da FNP, os petroleiros Ronaldo Tedesco e Marcos André foram eleitos para o Conselho Deliberativo da Petros, fato decisivo na luta contra o abusivo equacionamento do Plano Petros 1. Junho também foi o mês em que o Jurídico do Sindipetro-RJ ganhou ação sobre diferenças de valores do FGTS referentes aos planos Verão (1989) e Collor (1990) e meses no período 87/88 e 90/91. Outra vitória jurídica importante neste ano foi a de Hora Extras nos feriados.

Campanha salarial 2017 – a preparação da campanha começou em julho, com assembleias para eleição de delegados ao Congresso do Sindipetro-RJ, eleição de delegados ao Congresso da FNP. Realizado dias 4 e 5/8, o Congresso do Sindipetro-RJ aprovou a desfiliação da CUT no marco de uma nova política sindical, classista e de base.

Em agosto, diretores do Sindipetro-RJ, do Sindipetro-LP e da FNP apresentaram seus depoimentos na CPI da Alerj que investiga o desmonte e a venda de ativos da Petrobrás.

Setembro foi o mês do Dia Nacional de Lutas contra as reformas (14), quando os petroleiros fizeram ‘almoço-ato’ no Cenpes, com forte presença de terceirizados, um setor importante da empresa que tem o total apoio desta gestão. Também houve atos e atrasos no TABG, TEBIG, EDICIN e EDISE, de onde os petroleiros saíram em passeata até o Edifício Senado. Na primeira rodada de assembleias, entre 26/9 e 4/10, o Sindipetro-RJ indicou a rejeição da proposta de ACT da Petrobrás, mobilizando a categoria pela apresentação de nova proposta, sem perdas de direitos. Muitas mobilizações e atrasos garantiram uma nova proposta, que manteve vários retrocessos. A FUP, Federação Única dos Petroleiros, defendeu a assinatura do acordo e a FNP se manteve firme na defesa de direitos, aprovando greve dia 3/1.

Petros – Paralelamente à campanha salarial, o Sindipetro-RJ continuou lutando contra o injusto modelo de equacionamento do Plano Petros 1, que pretende jogar sobre os petroleiros parte da dívida da Petrobrás com o Fundo, orçada em R$ 27 bilhões. A massiva campanha contra o injusto equacionamento, com atos nas unidades da empresa, forçou seu adiamento para janeiro.

Desde o início da atual gestão, o sindicato tem também promovido um conjunto de atividades de formação, além de campanhas contra a venda de ativos. Atividades culturais e esportivas também foram organizadas, como as caminhadas ecológicas pelo projeto ‘Meu Caminho é de Pedra’, a 1º Copa Sindipetro-RJ, cursos de oratória e formação, além de eventos como a Mostra Livre de Fotografias, em dezembro.

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