Trancaço contra os abusos da terceirizada Sudamin do Brasil

Atualizado em 13/10/23 – 13h47

Ato no TABG denuncia demissões e práticas abusivas contra os empregados. Em assembleia, os trabalhadores aprovaram realizar corte total na rendição na próxima sexta (13).

Na manhã desta quarta (11), trabalhadores próprios e terceirizados do TABG, terminal da Transpetro localizado na Ilha do Governador, realizaram um ato-trancaço contra os abusos cometidos pela Sudamin do Brasil, empresa contratada pela Transpetro que realiza serviços de operação na Unidade.

O Ato também denunciou a precariedade das condições de trabalho no Terminal, como o sucateamento de instalações e do transporte por lanchas, a falta de banheiros, a redução de efetivo próprio e terceirizado e as falhas do SMS.

Não pode perguntar

A Sudamin Brasil está incorrendo em situações de abuso contra seus trabalhadores, demitindo quem questiona sobre controle de frequência e composição de contracheque.

Além disso, a Sudamin Brasil não aceita disponibilizar uma 5ª turma de apoio aos trabalhadores operacionais nos terminais, sendo que nos laboratórios a empresa aplica a escala de 5ª turma.

Empresa não aceitou representação do Sindipetro-RJ

A empresa não aceita a representação do Sindipetro-RJ para os seus trabalhadores, mesmo com a sua atividade fim, no TABG, relacionada à atividade de apoio na operação com cabotagem de importação e de exportação de produtos claros, escuros e de petróleo, enquadramento dado para atividade do Sindicato. O Sindipetro-RJ entende que é o legítimo representante desses trabalhadores por conta das atividades que eles exercem. Porém, a Sudamin Brasil entende que essa representação é de outro sindicato.

 

No contrato anterior, operado pela Solserv, o Sindipetro-RJ tratava do acordo coletivo de trabalho, sendo a data-base em julho. Porém, com a entrada da Sudamin essa data de negociação ficou estipulada em outubro pelo Sindimetal-Rio.

Encarregado metido a “ditador”

Sobre a perseguição a trabalhadores da empresa no TABG, trabalhadores denunciam que estaria sendo encabeçada pelo encarregado, que encaminhou a demissão de dois trabalhadores que atuam na Unidade para posteriormente repor essas vagas com profissionais ainda não preparados, que necessitam de treinamento imediato para o exercício de suas funções. Atitude que alguns vêem como ditatoriais. Essas demissões sumárias prejudicam não só os demitidos, mas também todos os empregados e a população do entorno que ficam expostos a todo o risco de acidentes passíveis de acontecer a partir da falta de preparo da mão de obra.

Assim, baseado numa série de ocorrências relacionadas às empresas prestadoras de serviço dentro do Sistema Petrobrás, muito especialmente no setor Operacional, o Sindipetro-RJ defende o fim da terceirização nas atividades fim, que consta na proposta da FNP ao ACT 2023-2024.

 

Mas é preciso frisar que o Sindicato defende a incorporação dos terceirizados com todos os direitos, que sejam ampliados os concursos, levando em conta a experiencia de quem já trabalha nas unidades.

 

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