Atual gestão da Petrobrás mantém omissão de dados sobre óbitos e trabalhadores terceirizados
Toda e qualquer reunião que seja realizada com a representação da Petrobrás fica a mesma percepção: eles não querem saber de nada. E mais uma vez isso pode ser confirmado após mais um encontro que foi realizado nesta quarta-feira (13) entre as representações sindicais, no caso a FNP e seus sindicais filiados, e a Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) para tratar da situação da COVID-19 no Sistema.
A Petrobrás informou que de 46.446 trabalhadores próprios há 474 suspeitos e 222 casos confirmados, não discriminou os locais onde os infectados são lotados e nem a quantidade de mortes. Disseram que os óbitos estão sendo omitidos, porque querem preservar a identidade dos falecidos. Como se os petroleiros não conhecessem seus estimados colegas que estão sucumbindo com essa doença. Para a médica do Trabalho, Lilian Alves Vieira, funcionária do Sindipetro-RJ, que participou da reunião “a omissão dessa informação só prejudica nas ações de identificação dos contactantes e prevenção da saúde dos trabalhadores destes locais”.
Numa pandemia, cientistas do mundo inteiro trabalham basicamente com números para estudar medidas eficazes a serem adotadas. Mas a EOR da Petrobrás está preocupada em vender uma imagem falsa da empresa. Sobre os terceirizados, informaram que não divulgam os dados para não serem tachados como uma empresa que tem números elevadíssimos de casos de COVID-19, confirmando que os números divulgados estão longe da realidade. Os sindicalistas cobraram um posicionamento sobre o absurdo que é a reabertura do COMPERJ, negociada entre a Secretaria de Saúde de Itaboraí e empresas terceirizadas em pleno momento de pandemia.
Não é mais possível assistirmos diariamente essa postura irresponsável da gestão Castello Branco, fazendo na Petrobrás o que Bolsonaro faz no Brasil, ignorando medidas urgentes que devem ser tomadas para preservar vidas e escamoteando informações.
