CENPES: terceirizados sofrem com problemas de transporte

Segurança é prioridade dizem as normas, mas não é isso que temos visto no Centro de Pesquisas da Petrobrás, maior empresa da América Latina que apresenta resultados recordes

O Sindipetro-RJ tem recebido inúmeras e constantes denúncias sobre os perigos que os trabalhadores de empresas contratadas precisam enfrentar para, entre outros, ir para o trabalho e voltar para casa! Pela manhã, são obrigados a usar os transportes públicos, aguardando os ônibus em locais soturnos e sem segurança. Diferentemente do que acontecia em contratos anteriores onde existia uma frota de ônibus dedicada aos trabalhadores terceirizados, além da frota que atende aos trabalhadores próprios.

E as empresas contratadas pela Petrobrás também não buscam melhoria das condições equacionando junto à estatal uma solução para essa situação de risco. Tampouco tentam negociar para que os seus empregados possam utilizar os serviços de transporte de ônibus contratados pela Petrobrás.

O quadro se agravou ainda mais quando a gestão atual descontinuou várias linhas alegando que os ônibus “estavam rodando vazios por falta de passageiros”. Alguns dos veículos com cerca de 50 assentos e banheiro que atendiam os trabalhadores primeirizados foram trocados por exíguos, ruidosos e chacoalhantes micro-ônibus que não possuem banheiro.

É deprimente assistir todos os dias, ao final da jornada de trabalho, terceirizados se dividindo em filas de espera ao lado dos ônibus da 1001, aguardando para ver se, depois da entrada dos empregados próprios, vai “sobrar” lugar para que possam “de favor” conseguir um assento para voltar para casa. Caso não logrem sorte – depois de esperar na fila – ainda precisam se deslocar a pé até os pontos de transporte coletivo enfrentando todo tipo de perigo em local reconhecido por assaltos.

“Muito constrangedor para nós trabalhadores petroleiros. Aliás, essa situação até se contrapõe ao slogan que nos diz que “somos um só time”, afirma o diretor do Sindicato, Ney Robinson, que trabalha na Unidade há 35 anos. “Uma empresa do porte da Petrobrás tem condições de exigir que em suas instalações sejam praticadas as melhores condições de trabalho e de segurança por parte de suas empresas contratadas, inclusive na oferta de transporte digno para todos!”, completou.

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