Conheça o novo “presente de grego” da direção da Petrobrás: PDV

Novo programa não considera, na remuneração de indenização, os valores de RMNR incorporados judicialmente ao salário dos trabalhadores. Conheça os principais prejuízos

Na última sexta-feira (10), a FNP e seus sindicatos filiados participaram da apresentação da companhia relativa ao “Fórum de Efetivo”, além da apresentação oficial do novo Programa de Demissão Voluntário (PDV).

Fórum de efetivo

Durante o fórum, a empresa apresentou os atuais números da força de trabalho da Petrobrás Holding. Hoje, segundo a fórum, a empresa possui cerca de 47 mil trabalhadores, sendo que aproximadamente 20 mil são de nível superior, enquanto 27 mil de nível médio.

A empresa ressaltou ainda que o programa de mobilização continua aberto.  Só de 2016 já foram efetuadas 780 transferências.

Nesse contexto, a FNP exigiu que a empresa apresentasse o número de efetivos por unidades operacionais para avaliar o verdadeiro impacto do novo programa de demissão da empresa, em relação à força de trabalho.

Ainda durante o fórum, a FNP ressaltou que várias unidades operacionais se encontram com déficit em relação à força de trabalho, o que ocasiona inúmeras dobras em embarques extraordinários.

Causa estranheza a empresa não promover concurso público para reposição do efetivo, mas, e surpreendentemente, apresenta um novo programa de desligamento.

Apresentação do PDV

Antes de a companhia apresentar o PDV, a FNP já havia demonstrado indignação ao programa, uma vez que se tratava de uma mera apresentação. Isso significa que nenhum ponto ali destacado pela FNP e as instituições presentes será levado para a alta gestão, para possível avaliação e modificação. Assim, desqualifica totalmente o conceito de fórum.

Dentre os principais prejuízos em relação aos PDVs anteriores e o atual, podem-se destacar os seguintes pontos:

– O não pagamento da multa de 40%, em cima do saldo do FGTS;

– Os dias negativados, inclusive de retorno de férias e de embarques, serão descontados na íntegra;

– Equivocadamente, o programa não considera a remuneração de indenização dos valores de RMNR, incorporados judicialmente ao salário dos trabalhadores;

– Assédio moral explicito para adesão, uma vez que os trabalhadores aptos que não aderirem ao atual programa ficarão impedidos, pelo período de 5 anos, de aderir aos novos programas de desligamento, incentivados pela empresa. Um verdadeiro absurdo!

Mais informações e avaliações serão divulgadas em breve.

Fonte FNP

 

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