Consciência Negra: há muito a ser feito na Petrobrás

 O 20 de novembro marca a celebração do Dia da Consciência Negra no Brasil, mas a chamada “Era Bolsonaro” representou um verdadeiro retrocesso no debate da Igualdade Racial no Brasil, quando não foi aplicada qualquer política pública voltada à população negra

 A nomeação de Sérgio Camargo para a presidência da Fundação Palmares foi uma das estratégias de Bolsonaro para deslegitimar os espaços institucionalizados para dar conta das demandas relativas às populações negras rurais e urbanas.

 Ao invés de celebrar Zumbi, Bolsonaro preferiu a Princesa Isabel. No lugar do protagonismo das lutas populares, foi escolhido o oficialismo das ações palacianas da elite branca.

E na Petrobrás não é diferente. Segundo o Relatório de Sustentabilidade de 2021, em 2017, num universo de 62.703 os trabalhadores negros correspondiam a 17.491 (28%). Em 2021, num universo de 45.532, esses trabalhadores eram 13.914 (29,55%). Em 2017, ocupavam 22,2% das chefias e em 2021 21,3%. Os dados reportados num período de seis anos mostram que há uma estagnação, e que no fundo existe muito marketing e pouca ação efetiva  na promoção de políticas de inclusão e igualdade racial na empresa. A intenção é “florear” os indicadores de responsabilidade social “para o inglês (investidor) ver”.

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