Direção da Petrobrás anuncia “pedalada” sobre dados da COVID-19 na empresa

Até o fechamento desta matéria os dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que os casos confirmados de coronavírus no país aumentaram para 177.589 com 12.400 mortes. O Brasil reportou um novo recorde de mortes diárias, com 881 óbitos nas últimas 24 horas. Já na Petrobrás a situação fica nada transparente quando a empresa informa que não vai anunciar o número de óbitos, como disse nesta quarta-feira (13) em uma reunião virtual promovida pela Estrutura Organizacional de Resposta (EOR), em que a FNP e seus sindicatos filiados participaram.

A novidade, se assim pode ser chamada, é que a direção da empresa informa que aplica uma nova metodologia que “contabiliza” os casos de COVID-19, descontadas as situações de cura e também as situações de morte. Já sobre o número de mortes a alegação é de que divulgar esses dados “invade” a privacidade das pessoas; acreditem isso é verdade!

Nesta reunião a empresa informou que de 46.446 trabalhadores próprios há 474 suspeitos e 222 confirmados, não informando os locais onde os infectados são lotados e nem a quantidade de mortes. Até o início desta semana, de acordo com os dados do Ministério de Minas e Energia, haviam sido registrados, segundos dados repassados pelo sistema Petrobrás mais de 800 casos de trabalhadores próprios com contaminação, com 1.642 em situação de investigação. Como em uma semana os números reduziram drasticamente?

A falta de transparência já se torna oficial como no informe de que Petrobrás desembarcou todos os empregados das plataformas PXA1 e PXA2, dos campos de Xaréu, no Ceará, após confirmação de casos suspeitos de COVID-19. Mais cedo, questionada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado de São Paulo, a estatal disse que não comentava sobre empregados possivelmente contaminados, alegando ser invasão de privacidade.

Enquanto isso, a empresa e sua direção sob o comando de Roberto Castello Branco tem um contraditório discurso de transparência e governança para agradar seus investidores especuladores de Wall Street, usando veículos de comunicação como as organizações Globo para “pagar” de boazinha, sendo transparente só no horário do Jornal Nacional.

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