Governadores de olho nos recursos do leilão da Cessão Onerosa

Às vésperas da votação em 2º turno do projeto da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, que será votado no dia 6 de agosto, governadores negociam de olho nos recursos do leilão lesa pátria da Cessão Onerosa que será realizado no próximo mês de novembro.

Já homologado pela CNPE – Conselho Nacional de Politica Energética – o megaleilão vai ofertar as áreas de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia, na Bacia de Santos. A expectativa é que o Governo Federal arrecade cerca de R$100 bi, dos quais a Petrobrás ficará com apenas R$ 30 bi.

Farinha pouca, meu pirão primeiro

Vale lembrar que antes da votação do 1º turno, no início de julho, e pouco se importando com a entrega das riquezas do Brasil, governadores foram a Brasília, no Congresso Nacional para debater a reforma. Presentes no encontro os chefes do Executivo do Ceará, Camilo Santana (PT); do Pará, Helder Barbalho (MDB); do Piauí, Wellington Dias (PT); da Paraíba, João Azevedo (PSB); e de Alagoas, Renan Filho (MDB).

Na ocasião, o governador do Ceará defendeu a criação de um fundo de compensação para cobrir o déficit previdenciário dos estados com funcionalismo público. Segundo Camilo Santana, uma das alternativas seria destinar recursos do Fundo Social do Pré-Sal e de parte dos recursos do bônus de assinatura da Cessão Onerosa para resolver o problema. Apesar do discurso bonito, está claro a total falta de visão estratégica até mesmo de lideranças dos partidos de oposição ao governo.

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