Petrobrás subnotifica invasão com tiros e refém no GASLUB

Empresa ignora Sindicato, CIPA, danos ao trabalhador e ao patrimônio

Até o momento, o Sindipetro-RJ não foi informado pela Petrobrás sobre ação de bandidos que invadiram o GASLUB, trocaram tiros com a segurança privada e a PM e escaparam fazendo um trabalhador de refém!

O Sindipetro-RJ recebeu denúncia de que na noite do dia 01/07, uma sexta-feira, por volta das 22h, câmeras flagraram uma quadrilha com 12 bandidos no antigo canteiro do consórcio QGGI.

Viaturas policiais estiveram no local. Houve confronto com disparos de tiros.

Trabalhador serviu de refém

Na perseguição, os bandidos foram para o canteiro da empresa CPL onde o vigia foi feito de refém até que pudessem fugir do local. Há relatos de que ele teria sido arrastado, sofrendo arranhões na perna direita.

Por volta das 2h da madrugada do dia 02/07, o vigia foi encontrado numa via próxima. Ele foi encaminhado à assistência médica UTI-VIDA. O maior dano, entretanto, para todos trabalhadores envolvidos é o psicológico.

Rotina de invasões

No início deste ano, o Sindipetro-RJ denunciou que o GASLUB vem sendo alvo de invasões por parte de grupos de criminosos da região. São arrombamentos em série e muito bem planejados.

Nem a noite de Natal de 2021 escapou dessa rotina, quando trabalhadores de operação e manutenção da terceirizada Forship foram recebidos a tiros por bandidos quando estavam a caminho de uma Subestação Provisória. Por sorte, ninguém se feriu. Saiba mais: https://sindipetro.org.br/trabalhadores-do-gaslub-sofrem-com-rotina-de-invasoes-de-bandidos/

Danos psicológicos

Portanto, os trabalhadores do GASLUB nunca sabem quando serão surpreendidos por invasores armados e dispostos a tudo para escapar. Sem dúvida, essa insegurança no trabalho compromete a saúde mental e para quem já sofreu alguma ocorrência precisa, sem dúvidas, de acompanhamento e atenção por parte da empresa, da CIPA e do Sindicato.

Prática antissindical

No dia 14/07, em reunião com a participação da CIPA do GASLUB e do Sindipetro-RJ, o caso não foi mencionado. Nem a Comissão, nem o Sindicato foram convocados, até o momento, para a formação de uma comissão de investigação.

Negar o compartilhamento desse tipo de informação, impedindo que medidas cabíveis possam ser tomadas pelo Sindipetro-RJ é prática antissindical recorrente por parte da direção da empresa.

Petrobrás, cadê o respeito ao trabalhador e às regras internas de funcionamento? Até quando os trabalhadores serão obrigados a conviver com criminosos, arriscando a própria vida no GASLUB?

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