Trabalhadores da Repsol e Sindipetro-RJ conquistam custeio de mobiliário, internet e energia em negociação coletiva

Acordo coletivo fechado com a Repsol reconhece direito de custeamento que a direção da Petrobrás se recusa a pagar

O Sindipetro-RJ fechou com a petrolífera Repsol um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em que se destaca uma clausula sobre o teletrabalho com valores de ajuda de custo.

Pelo acordo, a Repsol concede uma ajuda de custo para mobiliário de R$ 2.500 e de R$ 420 reais mensais para internet e energia. Estes valores quando comparados aos da Petrobrás mostram uma discrepância abissal.

Já a Petrobrás…

Para relembrar, a Petrobrás em 2020, por conta da declaração de pandemia da COVID-19, iniciou o teletrabalho sem dar auxílio nenhum aos trabalhadores. Após a ação movida pelo sindicato, apresentou um auxílio mobília de R$ 1.000, sem oferecer qualquer tipo de ajuda para o custeamento de consumo de energia elétrica e de internet. Durante todo o período, a direção da empresa se negou a negociar com o sindicato, tanto para o teletrabalho na pandemia quanto para o regramento pós pandemia, do regime híbrido, apesar dos reiterados pedidos pela negociação por parte do sindicato. Após decisão judicial favorável ao sindicato inclusive para um valor mensal de custeio, a empresa recorreu para obter efeito suspensivo e impedir que o pagamento pudesse ser feito já antes de todos os recursos julgados.

O acordo fechado com outras empresas mostra não só que o pleito do sindicato é justo, mas que é uma prática que seria inclusive básica não fosse a empresa tão interessada em rebaixar os salários sem sua política de precarização e privatização. Logo esta gestão que sempre diz que o mercado do setor de petróleo é uma referência para suas decisões estratégicas de desinvestimento, desmonte e privatização de ativos, sobretudo, na formação de política de preços, adotando uma Política de Paridade Internacional (PPI) para aumentar ganhos de seus acionistas, e de chefões com o Programa de Prêmio Performance (PPP). Mas quando se trata de política de Recursos Humanos e reconhecimento de direitos dos seus trabalhadores, a toada muda totalmente, com todo o esforço sendo gasto para extrair até o último centavo dos trabalhadores.

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