Por uma PLR de verdade: basta de mixaria para trabalhadores e fortunas para acionistas

Enquanto os acionistas se apropriaram do lucro da Petrobrás, os trabalhadores ficaram com uma reserva mínima dos lucros. Por isso, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) inicia uma campanha para renegociar os parâmetros de pagamento da PLR

A prova disso é que em julho deste ano, a Petrobrás anunciou o pagamento de dividendos a acionistas referentes ao segundo trimestre de 2022 no valor de R$ 6,73, por ação preferencial, e ordinária, atualmente em circulação. O total é de R$ 87,8 bilhões.

De janeiro a junho (primeiro semestre) a petroleira já distribuiu R$ 136,31 bilhões em dividendos. Muito acima dos R$ 101,39 bilhões entregue no ano passado, que já haviam sido um recorde na história da empresa.

Só para lembrar, em 2021 por exemplo, a Petrobrás pagou um total de R$ 63,4 bilhões sendo R$ 23,3 bilhões à União, e a maior parte dos R$ 40, 1 bilhões para os grandes acionistas estrangeiros. Enquanto isso, 37 mil empregados receberam um adiantamento de R$ 195 milhões, equivalente a 0,3% da cota dos acionistas, encabeçados pelos super-ricos da Bolsa de Valores.

PLR é tributada, dividendos não

A história que se repete é a empresa batendo recorde de distribuição de lucros e dividendos aos acionistas e impondo uma PLR rebaixada aos trabalhadores, após ter desvinculado o cálculo do lucro real, visando a privatização, sem negociar com os sindicatos.

Sem contar que os dividendos milionários pagos pela Petrobrás aos seus acionistas é isento de Imposto de Renda, e PLR não é isenta a partir de R$ 6.250. Daí, além da desvinculação com o lucro real, a participação dos lucros e resultados dos trabalhadores da companhia ainda é taxada.

O Sindipetro-RJ/FNP defendem uma PLR real, calculada com base nos lucros da empresa e com distribuição proporcional entre os trabalhadores.

“Nossa luta é antes de mais nada pela recomposição dos salários e aposentadorias e não por remuneração variável. Mas, mediante esta política indecente de remuneração dos acionistas, os trabalhadores, que geraram esta riqueza, devem exigir sua fatia! Não há por que manter o cálculo nem muito menos esperar até janeiro!” – resume Eduardo Henrique, diretor do Sindicato e secretário-geral da FNP.

Link da campanha: https://sindipetro.org.br/fnp-campanha-plr/

 

Fonte FNP

Destaques