Há muito o Sindipetro-RJ tem alertado sobre o desmonte orquestrado no Centro de Pesquisa e os desmandos em algumas áreas em especial. Serão mantidas publicações permanentes para que não passe um dia sem que haja cobrança e, mais que isso, que o novo governo, o novo presidente da Petrobrás, aplique imediatamente as mudanças necessárias na política para a Unidade e, claro, no seu quadro de gestores

Hoje tratamos de dois casos, mas a fila de matérias aqui na Redação só faz crescer…

Contamos com a colaboração dos colegas, que podem entrar em contato com os dirigentes sindicais da Unidade para apresentar as denúncias do que está acontecendo, garantido o necessário sigilo.

Radial 4: um exemplo de precarização sem limites

O Sindicato cobra providências ao gerente geral do CENPES/PDIDMS/PPL/LABP (destilação-RADIAL 4) com relação à situação inusitada de manter, desde a pandemia, somente um técnico em regime de turno, em atividades de alta complexidade de operações e manuseio de fluidos classe A em vasos de pressão de até 100 litros.

Essas condições de risco já foram denunciadas pelo Sindicato em matérias de 03/08/2020  e 30/11/2020. Também foram levadas à CIPA, mas até agora nada foi resolvido. Há relatos de riscos iminentes passados por esses trabalhadores nas unidades de grande porte, inclusive com um flash gerado em uma unidade de 30 litros.

Essa situação se arrasta desde o início da pandemia e após o último PIDV, quando técnicos passaram a trabalhar sozinhos. Antes disso, o turno da antiga Avaliação de Petróleos era composto por dois técnicos. As dificuldades parecem ser criadas para venderem as facilidades.

O Sindicato pede urgência na resolução desse problema, com a implantação de um segundo Técnico em Química concursado por grupo de turno, antes que um acidente grave ocorra com esses trabalhadores!

Terceirizados experientes da Planta Piloto (contrato MIPE) estão se demitindo

Trabalhadores da Planta Piloto estão pedindo demissão. Até o momento, já saíram dois eletricistas e dois instrumentistas. Ao mesmo tempo em que denunciamos a terceirização, defendemos os direitos e denunciamos também a superexploração a qual são submetidos nossos irmãos petroleiros terceirizados.

Trabalhadores especializados da empresa MIPE, que prestam serviço na Planta Piloto do CENPES, no prédio 12, desmotivados, estão pedindo demissão. Cobrada em uma reunião, a gerência local diz que nada pode fazer…

Muito conveniente para quem defende a privatização da Petrobrás, a farra dos contratos, a apropriação da renda petroleira e, claro, o rebaixamento dos salários, para gerar mais e mais lucros aos acionistas.

Não custa lembrar que, além disso, sempre ressaltamos o aumento do risco de acidentes, por conta da falta de profissionais com experiência e domínio da especialidade, exigidos pela complexidade do serviço na unidade, uma das principais mazelas da terceirização, provocada pelo rodízio inerente à política de terceirização vigente.

E mais uma vez afirmamos, que toda a mão de obra deve ser igualmente bem remunerada e estável e isso é obrigação do empregador. E os gestores podem e devem, sim, fazer o que for preciso para isso, começando com um plano imediato e robusto de contratação direta do efetivo necessário e, enquanto isso, impedir que estas atravessadoras de mão de obra continuem faturando às custas dos trabalhadores e pondo em risco nossos colegas e as instalações do CENPES.

Covardia desde a pandemia

O contrato com a MIPE no prédio 12 é considerado o pior do CENPES. Teve início na pandemia, quando os trabalhadores “estavam precisando”. Inclusive isso foi citado na reunião, uma situação oportunista promovida pela MIPE, se aproveitando de uma mão de obra especializada.

Segundo apurado, a MIPE possui outros contratos no CENPES, sendo que esse da Planta Piloto é o diferenciado. Um exemplo disso é o horário de expediente aplicado, às 17h18 e 16h30 nos outros prédios da unidade.

Sindicato segue denunciando gestão do CENPES

Trabalhadores próprios e terceirizados mostram preocupação com a situação, denunciando alinhamento dos supervisores com os chefões, diante da escalada de desmonte promovida pela gestão do CENPES na Planta Piloto. É a lógica do “chefe mandou, logo estou fechado com ele”.

Infelizmente, pelo que parece, apesar das mudanças de governo e na alta administração, os gestores vão se acomodando e acomodando aos seus, maquiando o discurso, pra deixar tudo como está. Quando muito, alguns destes que fizeram e aconteceram durante a gestão bolsonarista, caem pro lado.

Isso não pode continuar! Tem que haver uma mudança radical no conjunto dos gestores. Tem que ter democracia para indicação dos coordenadores, gerentes e alta administração!

O Sindipetro-RJ segue exigindo providências para o fim do sucateamento da Planta Piloto e respeito aos trabalhadores próprios e terceirizados.

Basta de abandono do CENPES!

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