Sindicato cobra a Jean Paul Prates sobre suspensão de privatizações

Nesta quarta-feira (05/04), o Sindipetro-RJ promove um ato, na sede da Petrobrás, EDISEN, a partir de 12h, para que todos os ativos à venda da empresa sejam retirados oficialmente do rol de privatizações

 

Após 90 dias de novo governo, o Sindipetro-RJ cobra uma posição da presidência da Petrobrás para que seja empreendido todo esforço necessário para a formalização da retirada da PBIO e da TBG/TSB do rol de privatizações.

O Sindipetro-RJ encaminhou uma carta ofício (90-2023) ao presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, alertando sobre o privatismo ainda existente na companhia, e cobra o fim do processo de privatização das empresas Petrobras Biocombustível (PBIO) e da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) /Transportadora Sulbrasileira de Gás (TSB), integrantes da holding Petrobrás.

A carta observa potencialidade das empresas no processo de transição energética que se aproxima, e do retorno o Brasil pode ter com estas empresas continuando integradas à Petrobrás.

O documento discorre que apesar da consulta feita pelo Ministério de Minas e Energia sobre a suspensão da venda de qualquer ativo, que, ao ter seu processo de venda suspenso, “não coloque em risco os interesses intransponíveis” da empresa, já mostra que existe, sim, uma brecha, para a continuidade de alguns processos de privatização.

Ainda no documento, o Sindicato cita uma resposta da própria Petrobrás que deu entender da continuidade do processo privatistas.

(…)”procedemos o estudo preliminar sobre os processos de desinvestimentos em curso e, até o momento, não verificamos fundamentos pelos quais os projetos em que já houve contratos assinados (signing) devam ser suspensos. Os processos em que não houve contratos assinados seguirão em análise.”…) – Resposta da Petrobrás ao Ministério de Minas e Energia.

Há muitos interesses em jogo desde que surgiu a Petrobrás em 1953. Em todos os governos até hoje ela é alvo da cobiça internacional e nos últimos anos, a partir de 2014, começou a sofrer uma nova fase privatista, com intensidade cada vez maior até o final do governo do Bolsonaro, com aplicação de uma privatização fatiada e um programa que retira todo sua capacidade de locomotiva do desenvolvimento brasileiro. Está na hora do discurso ser aplicado no papel e deixar de ser uma mera promessa eleitoral.

 

Íntegra do documento

 

 

 

 

 

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