Sindipetro-RJ solidário aos petroleiros do NF

O sindicato petroleiro do Norte Fluminense convocou a deflagração de uma greve a partir desta terça-feira (04/05) de trabalhadores no cumprimento efetivo da escala de 14 dias a bordo das unidades marítimas, o não embarque nas unidades que estiverem com surto de COVID-19 e em Cabiúnas, o não trabalho além das 12 horas de turno

O Sindipetro-RJ entende que este poderia já ter sido o momento de aglutinar a unidade petroleira na defesa dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa na luta em defesa da vida contra os absurdos promovidos pela direção da Petrobrás para a realização de lucros em favor de mega-especuladores do mercado financeiro, em detrimento da segurança do trabalho. Nossas vidas não podem ser perdidas para garantir lucros aos acionistas!

De nossa parte seguiremos propondo aos sindicatos filiados à FUP que as pautas, calendários e ações sejam construídos em comum e pela construção de fóruns democráticos e pela base para definir os indicativos e encaminhamentos. Só uma frente unida, democrática e pela base, que reúna todos os sindicatos e toda a categoria, pode fazer frente aos profundos ataques à Petrobrás e aos petroleiros.

Justiça determina 14x21na base do RJ

Diante da situação, o Sindipetro-RJ se mostra solidário ao movimento e reafirma sua luta contra a implantação unilateral e ilegal das escalas de turno de 14×21 para 21×28, seguida de 21×35. O Sindipetro-RJ e a FNP sempre estiveram abertos às negociações e desde o início da pandemia apresentaram pauta sanitária à hierarquia da empresa. Infelizmente o RH e o EOR se fazem de surdos perante as reivindicações dos sindicatos e da FNP. Queremos discutir a pauta sanitária completa e não apenas o que é conveniente para a hierarquia da empresa.

No dia 20 de abril, último, a Justiça do Trabalho , Tribunal Regional do Trabalho da 1° Região, através da desembargadora, Alba Valéria Guedes Fernandes da Silva confirmou o pedido de Tutela de Urgência obtido pela FNP e seus sindicatos filiados, entre eles o Sindipetro-RJ, para a não aplicação das escalas propostas pela direção da Petrobrás, e que prevaleça a de 14×21, que finalmente está sendo cumprida.

Direção da Petrobrás não aplica protocolo sugerido por sindicatos

Não é expondo os trabalhadores a jornadas extenuantes e desumanas que vai se resolver o problema da COVID-19 nas plataformas e demais unidades que operam escalas de trabalho de turno. A empresa deve reduzir o POB e o volume de serviços a bordo, implementar um protocolo seguro de contactantes, prover transporte seguro aos trabalhadores para chegarem até o hotel para quarentena, entre outros itens de nossa pauta, se ela realmente quer evitar novos surtos de contaminação de COVID. As mesmas medidas aplicadas aos trabalhadores também devem ser garantida para os terceirizados.

Vale citar o recente caso da P-77, em que houve desembarque de 10 trabalhadores em novo surto, sendo dois casos confirmados, inclusive com a suspeita de contaminação de uma profissional de saúde, enfermeira. Casos como estes deveriam ter a parada de produção, o que não ocorre, e seriam evitados se a empresa colocasse em prática uma política consequente de combate à COVID-19.

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