Bolsonaro tem usado o troca-troca de cargos na estatal para confundir a opinião pública e ao mesmo tempo estreitar relacionamento político-eleitoral com o bloco do Centrão no Congresso Nacional
Em ato, convocado pelas duas federações FNP e FUP, realizado na porta do Edifício SENADO, na manhã desta segunda (27), os petroleiros protestaram contra a aprovação do nome de Caio Paes de Andrade que não cumpre as exigências ao cargo de presidente da estatal.
Cadê o Compliance?
Mais uma vez a hierarquia da Petrobrás rompe normas e regras que apregoa e cobra rigorosamente dos petroleiros, aprovando o nome de uma pessoa desqualificada para cargo em alto escalão da empresa. Saiba mais – https://sindipetro.org.br/ato-contra-desqualificado-petrobras/
Acionistas minoritários reagem
Com o pedido de renúncia de José Mauro Coelho, o Conselho Administrativo lançou mão de manobra para atender rapidamente ao pedido de Bolsonaro, deixando Paes de Andrade no cargo de forma interina até a próxima assembleia, que é exigida para eleger todos os novos nomes ao colegiado, inclusive o de Paes de Andrade que só assim poderá assumir o cargo de CEO.
A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários (Anapetro) protocolou nesta segunda(27) pedido de instalação de processo administrativo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra a nomeação de Paes de Andrade apontando para “eventuais atos lesivos ao patrimônio da empresa e aos interesses de seus acionistas”.
Desde o dia 20/06, a CVM vem apurando a troca de comando na empresa para apurar notícias que anteciparam a renúncia de José Mauro Coelho.
Passando por cima dos fatos
Já na noite de sexta (24), o Comitê de Elegibilidade da Petrobrás abriu caminho para a decisão do CA, aprovando o nome do comunicólogo e ignorando todos os contras à indicação de Bolsonaro – inclusive o de estar fora da Lei das Estatais (13.303/2016) e ter suspeitas de conflito de interesses conforme o Sindipetro-RJ publicou https://sindipetro.org.br/paes-andrade-na-berlinda/
Desculpa que não cola
Essa decisão favorável do Conselho Administrativo só vem a confirmar que o governo é quem manda na estatal através de seus indicados aos cargos do alto escalão, mas Bolsonaro não quer mexer na política de Preços por Paridade de Importação (PPI), mantendo reajustes dolarizados ao povo brasileiros enquanto enche os bolsos dos investidores em ações na Bolsa.
Fora Bolsonaro, Mourão, Guedes e Paes de Andrade!
