Sindipetro-RJ cobra da Petrobrás a tal Cultura de Segurança

Uma petroleira do CENPES faleceu no dia 26/05 após apresentar um quadro de meningoencefalite e até o momento não houve qualquer orientação da Petrobrás sobre medidas profiláticas a tomar

Até o momento, a empresa sequer se posicionou oficialmente a respeito do caso. Não se sabe ao certo o que ocorreu, mas a meningoencefalite pode ser uma das manifestações associadas à COVID-19. De outro modo, ainda que o ocorrido não guarde relação com a pandemia, a meningite é uma doença contagiosa e a petroleira esteve no CENPES no dia 17, quando se queixou de forte dor de cabeça. O Setor de Saúde foi procurado para fornecer orientações aos contactantes, mas não houve retorno.

Na quarta (25), a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) realizou reunião mensal quando a petroleira ainda estava internada no hospital e o caso foi relatado.

A médica do Trabalho do Sindipetro-RJ, Lilian Alves, que soube do caso na reunião da CIPA, indicou a urgência de medidas como a identificação de quem foram os conctantes no dia em que a petroleira esteve trabalhando no CENPES. O Sindipetro-RJ enviou ofício para a gestão, solicitando informações sobre o caso, mas não obteve resposta até o momento.

Flexibilização antes da hora

A Petrobrás convocou a força de trabalho para o regime 100% presencial e flexibilizou o uso de máscaras em lugares fechados. E, nas regras que determinou para conduta em relação à COVID-19, requer que seja feito isolamento dos indivíduos apenas em caso de teste positivo, não importando se os mesmos convivem com pessoas atestadamente contaminadas pela doença.

Para o médico sanitarista Gonzalo Vecina, o aumento no número de casos que se acentuou em maio com o registro crescente de internações por COVID-19 não se deve a uma nova onda da pandemia, mas justamente por causa da flexibilização antes da hora da medidas que obrigavam o uso de máscaras. “Temos que continuar a usar máscaras por muito tempo”, afirma Vecina sobre a necessidade da proteção em lugares fechados.

Medidas bolsonaristas

Em abril, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga oficializou o fim do estado de emergência pela COVID-19 usando a queda no número de casos como justificativa. Um mês depois, os casos voltaram a subir, assim como a taxa de transmissão da doença no Brasil.

E a Petrobrás, como fica?

O Sindipetro-RJ continua cobrando mais responsabilidade com a saúde da classe trabalhadora e está acompanhando os casos do CENPES perto junto à CIPA local.

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